ÁRVORES

MEU FASCÍNIO PELAS ÁVORES ME LEVOU A PESQUISAR LENDAS, CAUSOS E VERDADES A RESPEITO DELAS. VOU TENTAR COLOCAR AQUI, UM POUCO DESSA MINHA ADMIRAÇÃO, À HUMILDADE, AO SILÊNCIO E A PRESENÇA DAS ÁRVORES EM NOSSAS VIDAS!



sexta-feira, 11 de novembro de 2016

ABRAÇAR A ÁRVORE

 
QUE TAL UM ABRAÇO?
Quem abraça sabe o quanto é bom...
Se você ainda não abraçou uma árvore, não perca mais tempo... saía de frente ao computador e corra até a árvore mais próxima, vocês se tornarão amigos.





Rita Elisa Seda
Ambientalista, fotógrafa e escritora.

ÁRVORE PRA QUE TE QUERO















Rita Elisa Seda
Ambientalista, fotógrafa e escritora.

BAOBÁS AMOROSOS



OS NAMORADOS





Estes são os famosos "baobás-amorosos" de Madagascar. 
Diz a lenda que um casal de namorados, ao fugir para se casarem, pois suas famílias não queriam o namoro deles; foram encontrados mortos e foram sepultados em cemitérios diferentes, aumentando o ódio entre os familiares. Porém, no local onde eles morreram, nasceram dois pés de baobás. Com isso, as famílias esqueceram o ódio e se tornaram amigas, sempre se encontravam embaixo dos baobás. 
 Essa lenda é muito antiga, por isso essas árvores têm a fama de dar sorte aos casais que vão se abraçar debaixo delas.




Rita Elisa Seda
Ambientalista, fotógrafa e escritora.
 



Ambientalista, ecologista.

ALGUMAS DAS ÁRVORES MAIS ANTIGAS DO MUNDO

ALGUMAS ÁRVORES ANTIGAS


Aqui está uma coleção de espécies que durante séculos, até mesmo milênios, resistem em nosso planeta, apesar dos desmatamentos, das intervenções humanas e das condições climáticas adversas.
As árvores mais antigas são encontradas em todo o planeta, inclusive no Brasil. Veja abaixo uma por uma.
 
As Irmãs
 
 
 
The Sisters, também conhecidas como The Sisters Olive Trees of Noah, são um grupo de dezesseis oliveiras que se encontram no Líbano, na estância de Bacheale. Existem há pelo menos 5.000 anos e, possivelmente, poderão chegar aos 6.000 de idade. É um valioso patrimônio natural nacional e mundial que merece ser protegido.
 

Pinus longaeva

 

É uma variedade do pinheiro que está entre os picos mais altos do sudeste dos Estados Unidos. É muitas vezes chamado de Intermountain ou Western bristlecone pine. Um desses pinheiros tem cerca de 5.064 anos e é um dos mais antigos organismos vivos em nosso planeta. Encontra-se entre as Montanhas Brancas, na Califórnia.

 

Matusalém

 
Matusalém é um pinheiro da espécie Pinus longaeva originária do Novo Mundo, que completou 4.845 anos de idade e está localizado na região do Condado de Inyo, no leste da Califórnia. Durante muito tempo foi considerada uma das árvores mais antigas do mundo e por esse motivo ela foi selada com o nome do patriarca Matusalém, que viveu 969 anos, de acordo com a Bíblia.
 

Oliveira de Luras

 
A oliveira milenar de Luras está localizada na Sardenha, Itália, e teria uma idade estimada de 4.000 anos, de qualquer forma, seguramente mais de 3.000. O tamanho desta oliveira selvagem é realmente impressionante, possui 8 metros de altura por 12 metros de circunferência. De acordo com as lendas antigas, a oliveira de Luras era um refúgio para os maus espíritos.

 

 Castanheiro dos Cem Cavalos

 
O Castanheiro dos Cem Cavalos é a maior e mais antiga árvore da Europa. Ela está localizada na Sicília, na província de Catania, Itália. Sua idade está em entre 3.000 e 4.000 anos. Seu apelido está ligado à lenda segundo a qual debaixo de sua copa enorme encontraram abrigo durante uma tempestade, a Rainha Joana de Aragão e sua comitiva, composta de 100 cavalos e cavaleiros.
 

The President

 
The President é uma das mais antigas e majestosas sequoias do mundo. Sua idade seria de pelo menos 3.200 anos. Ela está localizada no Sequoia National Park, na Califórnia. Sua altura chega a 75 metros. É provavelmente a maior sequoia do mundo.
 

Patriarca da Floresta

jequitiba rosa
 
Esta árvore é um exemplar da espécie Cariniana legalis, o jequitibá-rosa. Pode ser encontrada no Brasil e estima-se que sua idade seja de mais de 3.000 anos. Acredita-se seja uma árvore sagrada, de acordo com a tradição local e as lendas populares. Um aspecto, porém, que, infelizmente, não a protege do sério risco de desmatamento, que é galopante, não só no Brasil, mas também na Venezuela e Colômbia.
 

 Oliveira de Vouves

 
Esta oliveira milenar, encontra-se na cidade de Vouves, na ilha de Creta, Grécia. Estima-se que possua pelo menos 3.000 anos e está entre as oliveiras do Mediterrâneo com mais de 2.000 anos de idade. As oliveiras são muito resistentes​​, suportam bem com os períodos tórridos, inundações e doenças. Por esta razão têm vida longa.
 

Jomon Sugi


 
Localizada no Japão, na cidade de Yakushima. Pertence à família das coníferas. É uma das maiores árvores do país, localizada em um lugar declarado Patrimônio Mundial pela UNESCO. Sua idade é estimada entre 2.000 e 7.000 anos. A árvore foi descoberta em 1968.
 

Taxus de Llangernyw

 
 
Da espécie Taxus baccata L., conhecida pelo nome comum de teixo. Esta árvore possui dimensões impressionantes nas imediações da igreja da vila de Llangernyw, Gales. Acredita-se ter cerca de 4.000 anos de idade e provavelmente foi plantada durante a era pré-histórica da Idade do Bronze. Em 2002, foi declarada como uma das árvores mais importantes da Grã-Bretanha.
 
 
Rita Elisa Seda
Ambientalista, fotógrafa e escritora.

JACARANDÁ

JACARANDÁ

por Arnaldo Silva


 

Esse é o Jacarandá, uma árvore de origem brasileira, conhecida também como a árvore dos pássaros por atraí-los pela beleza e pelas sementes, da qual muitos dele...s se alimentam. É nativa do nosso Cerrado e encontrada de Minas ao Rio Grande do Sul e também na Argentina, Bolívia e Paraguai. Embora tenha sido abundante em Minas, hoje é pouco conhecida pela maioria, já que sua madeira foi muito cobiçada para a fabricação de móveis e forros de casas e também pelos carvoeiros.



Praticamente acabaram com o jacarandá e nem se preocuparam em recuperar o que destruíram. Bom Despacho, cidade que eu moro, é um exemplo. Cada loteamento novo, dezenas de Jacarandás são arrancados, bem como pequizeiros, cagaiteiras, araticuns, etc. Outros países gostaram do Jacarandá e levaram mudas como o Japão, ai da foto.



Lá é valorizado e muito bem cuidado e ornamenta calçadas, praças e parques. O nosso jacarandá foi introduzido também na África do Sul, Portugal, Austrália, Itália, México, Argentina, Nova Zelândia e vários outros países. O nosso jacarandá está praças, parques, jardins e calçadas de várias cidades do mundo, menos na sua origem, no nosso Brasil e muito menos aqui em Bom Despacho onde era abundante e não tem um pé sequer plantado na cidade. Nas matas, conta-se nos dedos. Eu contei até hoje, apenas 1 pé ainda em pé.




Em Bom Despacho, essa linda árvore está esquecida, ignorada e nem é lembrada quando vão arborizar alguma rua ou praça. Antes abundante, quase não se vê mais. O triste é que vejo árvores de outras origens, que não tem nada a ver com o Cerrado serem plantadas nas ruas e calçadas de minha cidade e de todas do Brasil que conheço. Falta de tudo, principalmente gente que entenda um pouquinho de Bioma, de plantas nativas e que não há interesse em recuperar o que a ganância e ignorância destruiu e ainda destrói. De "ambientalistas" de carteirinha (eu entendo isso como empresários disfarçados de ambientalistas) estamos cheios, todos se dizem ser, de entender de meio ambiente, mas nada fazem, por não conhecer, não viver e não amar as árvores.

Ambientalista é aquele que arregaçar as mangas e defende o Meio Ambiente, luta para melhorar e preservar. Que sai das cadeiras de gabinetes e salas confortáveis e vai para a mata. E conseguir sementes e mudas de jacarandá é fácil e barato. Não custa nada, nada mesmo comprar sementes de jacarandá, fertilizá-las e plantá-las em nossas praças, ruas, avenidas e matas.


Eu comprei 50 sementes, adubo e saquinhos e estou germinando. Quando crescerem, plantarei nas matas e na cidade de Bom Despacho e no Engenho do Ribeiro. São poucas, só 50, mas na minha cidade não tem nenhuma. Então, serão 50 novas árvores, 50 jacarandás assim, floridos e encantadores.

Fica a dica. Não somente em Bom Despacho, mas em todas as cidades de Minas e do Brasil. 50 sementes, se pesquisarem pelo Mercado Livre, sai a 10,00 em média. Só 10 reais gente.
Arnaldo Silva



Rita Elisa Seda
Ambientalista, fotógrafa e escritora.




ÁRVORE MAIS ANTIGA DA TERRA



Considerada a mais antiga da Terra, árvore de 1400 anos é uma das mais belas obras-primas da natureza



A natureza não cansa (ainda bem!) de nos surpreender com suas obras-primas e as árvores são das que mais nos apaixonam em imagens, pois são capazes de transportar para outro mundo praticamente, afinal, muitos dos seus cenários nem parecem reais.




É o caso da ginkgo biloba de 1.400 anos na China, que leva todos os anos milhares de pessoas às montanhas Zhongnan.

ginkgo-biloba-china-outuno3

Durante o outono no hemisfério Norte as folhas da árvore milenar caem, formando um tapete amarelo no pátio do templo budista Gu Guanyin.




A árvore, que foi plantada durante a dinastia Tang (618-907), é conhecida por sua longevidade e é considerada a mais antiga na Terra.

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Foi considerada um “fóssil vivo”, pois, apesar de todas as mudanças climáticas, manteve-se inalterada durante mais de 200 milhões de ano, sendo uma ligação viva com o período em que os dinossauros circulavam por aqui.




A imponente árvore é utilizada para fins medicinais, sendo usada parar criar remédios que estimulam o cérebro e regula os mecanismos circulatórios do corpo, facilitando o fluxo sanguíneo arterial.

http://razoesparaacreditar.com/wp-content/uploads/2015/12/ginkgo-biloba-china-outuno.jpg

Rita Elisa Seda
Ambientalista, fotógrafa e escritora.

UMA CRIANÇA... UMA ÁRVORE!

Cidades brasileiras têm lei que incentiva o plantio de árvore a cada novo bebê .
                            
O projeto “Uma Criança, Uma árvore” disponibiliza uma muda a cada criança nascida.


15 de julho de 2016 • Atualizado às 14 : 55
Cidades brasileiras têm lei que incentiva o plantio de árvore a cada novo bebê
Em quase todas as cidades brasileiras que abraçaram este projeto, as famílias participantes recebem um certificado. |   
 
 
A conscientização sobre o cuidado com o meio ambiente deve começar desde cedo e, de preferência, logo após o nascimento. Este é o intuito do projeto “Uma Criança, Uma árvore”, que disponibiliza uma muda a cada criança nascida. A ideia já se tornou lei não obrigatória em muitas cidades brasileiras e tem colaborado com a recuperação ambiental.

O município paulista de São José do Rio Preto foi um dos primeiros a transformar a ideia em lei. Desde 2003, a prefeitura disponibiliza uma muda de árvore nativa da região a cada pai no momento do registro do filho. No entanto, por não ser obrigatório, nem todos os pais comemoram o nascimento com o plantio.

Em Itaperuna, no Rio de Janeiro, o funcionamento é ainda mais eficiente. Lançado em janeiro de 2015, o programa prevê que o plantio possa ser realizado pela própria Secretaria de Meio Ambiente, mediante a autorização dos pais. Mesmo assim, é necessário que os responsáveis pela criança demonstrem interesse em participar, assinando um termo de adesão e apresentando os documentos que comprovem o nascimento.

Em quase todas as cidades brasileiras que abraçaram este projeto, as famílias participantes recebem um certificado de que a criança participou e, logo ao nascer, já se tornou amiga da natureza. Além disso, as mudas são entregues com plaquinhas com a descrição sobre a espécie utilizada e a data de nascimento do bebê que a representa.

Em Penápolis, no interior de São Paulo, durante os cinco primeiros anos do projeto já haviam sido plantadas 1.500 novas mudas. No entanto, algumas cidades passam por um período de baixa adesão. Como é o caso de São José do Rio Preto (SP), uma das primeiras cidades a adotarem a ideia. Em notícia publicada pela TV Tem, as autoridades municipais informaram que o número tem caído a cada ano. Em 2013 foram plantadas 38 mudas através do projeto. No ano seguinte foram apenas 36.

Algumas das cidades que possuem o projeto “Uma criança, uma árvore” são: Passos (MG), São Caetano do Sul (SP), Sorocaba (SP), Diamantina (MG), Tramandaí (RS), Guarapari (ES), Ituverava (SP), Clevelândia (PR), entre outras.

http://ciclovivo.com.br/noticia/cidades-brasileiras-tem-lei-que-incentiva-o-plantio-de-arvore-a-cada-novo-bebe/

Rita Elisa Seda
Ambientalista, ecologista.

COMO PLANTAR 300 ÁRVORES EM POUCO ESPAÇO

Meio Ambiente


Indiano ensina como plantar 300 árvores no espaço ocupado por 6 carros


A técnica prevê o plantio de espécies nativas de várias espécies em uma área muito pequena.
 
15 de abril de 2016 • Atualizado às 14 : 00
 
Indiano ensina como plantar 300 árvores no espaço ocupado por 6 carros
A floresta custa menos do que um iPhone. | Foto: Afforest


Como engenheiro industrial, o indiano Shubhendu Sharma sempre pensou em formas de tornar a produção mais eficiente. Por anos a sua especialidade foi desenvolver carros, até o momento em que conheceu o japonês Akira Mitawaki. A partir daí o seu foco foi plantar florestas e ele encontrou um jeito de otimizar isso e ainda espalhar o método para o mundo.

Em seu discurso no TED ele mostrou o que o motivou a ser um criador de florestas e quais foram os resultados obtidos. Assim que conheceu o senhor Mitawaki, o indiano logo se interessou pela forma como o japonês ensinava as pessoas a plantarem.
 

 
 
Diferente do reflorestamento tradicional, que deixa um grande espaço entre as árvores, a técnica japonesa prevê o plantio de espécies nativas de várias espécies em uma área muito pequena. Após ser apresentado à técnica, Sharma se apaixonou pelo modelo e o replicou.
 
O primeiro local a receber a mini floresta foi a sua própria casa. O indiano usou um espaço livre em seu quintal, começou a plantar e em pouco tempo os resultados já eram muito visíveis. Ele monitorou o processo e explica que, três anos depois, o desenvolvimento tinha sido muito superior aos índices tradicionais.
 
As mini florestas apresentaram crescimento dez vezes mais rápido, 30 vezes mais denso, com cem vezes mais biodiversidade e totalmente orgânico. Em consequência disso, Sharmam explica que a absorção do solo melhorou muito, assim como a qualidade do ar, a quantidade de pássaros na região dobrou e ele consegue até colher frutas em seu próprio quintal.
 
 
O modelo é tão eficiente que é possível ter uma pequena floresta com 300 árvores no mesmo espaço em que seriam estacionados apenas seis carros. As mudas são dispostas muito próximas umas às outras e a única fonte extra de fertilização é a biomassa, obtida localmente. Os custos desse grande plantio em uma pequena área é inferior ao de um iPhone, ressalta o indiano.
 
Para possibilitar que a ideia seja replicada em outros locais, ele criou uma empresa de consultoria que ajuda e dá instruções para que qualquer pessoa possa plantar sua própria floresta. Além disso, ele disponibiliza as informações on-line e pretende criar um aplicativo e um GPS que permitam o monitoramento dos projetos e as disponibilização das instruções em tempo real para qualquer pessoa do mundo. Veja abaixo as dicas para seguir o exemplo do indiano.
 

Foto: Reprodução/Facebook
 
Como plantar uma floresta?
 
O primeiro cuidado é com a análise do solo e com a identificação de quais espécies serão usada no plantio, lembrando que é preciso sempre optar por plantas nativas e pela maior diversidade possível.
Para o solo o ideal é usar apenas o adubo orgânico ou a biomassa de algum insumo natural para a fertilização. Com isto feito, você já pode começar a trabalhar com as mudas, que devem ter, no máximo, 80 centímetros de altura. O ideal é ter uma floresta bastante densa, por isso, serão plantadas de três a cinco mudas por metro quadrado.
 
O ideal é que a área usada para o plantio tenha, ao menos cem metros quadrados. Em oito meses a plantação já estará tão densa que os raios do sol não conseguirão mais alcançar o chão. A partir daí, a pequena mata é autossustentável. As gotas da chuva permanecem por mais tempo no solo e as folhas que caem são usadas como adubo natural. Mesmo assim, ela ainda precisará ser regada pelos dois primeiros anos, até o seu ecossistema estar totalmente estabelecido.
 
http://ciclovivo.com.br/noticia/indiano-ensina-como-plantar-uma-floresta-no-espaco-ocupado-por-6-carros/
 
Rita Elisa Seda
Ambientalista, ecologista.
 

QUEDAS DE ÁRVORES NAS CIDADES

Meio Ambiente

Falta de cuidados preventivos é principal causa de quedas de árvores

As fortes chuvas ajudam a evidenciar um problema que vai muito além de raios e acidentes.
9 de novembro de 2016 • Atualizado às 10 : 05
 
 
Falta de cuidados preventivos é principal causa de quedas de árvores
O trabalho de manutenção e prevenção deve ser realizado com frequência, obedecendo a rígidos critérios de observação e cuidados necessários. | Foto: Zé Carlos Barretta/Flickr
          
Com as fortes chuvas que caíram em São Paulo no final de outubro, um problema que vem causando grandes transtornos e medo à população voltou a se repetir e fez com que acendesse (de novo) o sinal vermelho. A queda de árvores na cidade em dias de tempestades mais severas tem provocado graves acidentes. Alguns, até fatais. De acordo com números levantados pelo Centro de Controle Operacional Integrado (CCOI), órgão do município paulista, nos primeiros quatro meses do ano, mais de 1.200 árvores caíram na cidade. Em 2015, no mesmo período, foram mais de 1.600.

A falta de cuidado preventivo e de um plano de mapeamento das árvores da cidade é apontada como um dos principais fatores dessas ocorrências. “Muitas árvores da cidade estão doentes porque não são cuidadas como deveriam. Os principais motivos para o enfraquecimento delas nas grandes metrópoles são a falta de espaço para o crescimento das plantas, podas mal feitas e também a infestação de cupins e fungos. No entanto, parece não haver um trabalho de prevenção para esses problemas”, diz o biólogo Giuseppe Puorto, membro do CRBio-01.

Nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, fortes vendavais também provocaram inúmeros estragos nos últimos dias. No início deste mês, no dia do feriado de finados, depois de uma forte chuva acompanhada de ventos que chegaram a 74,5 km/h, as cidades de Amambai, Bela Vista, Porto Murtinho, Dourados e Maracaju registraram uma grande quantidade de árvores derrubadas. “É um problema que, infelizmente, ocorre em várias cidades do país”, afirma Puorto. Uma semana antes, uma forte chuva castigou Cuiabá, alagando ruas e também derrubando árvores pela capital mato-grossense.

O biólogo defende que o trabalho de manutenção e prevenção seja realizado com frequência, obedecendo a rígidos critérios de observação e cuidados necessários. “Não apenas quando o problema é possível de ser constatado até por quem não entende nada do assunto”, completa Puorto, lembrando que a administração municipal é que tem a obrigação de zelar pela saúde das árvores. “É necessário que se faça um trabalho de mapeamento e análise de cada uma delas, para saber quais necessitam de cuidados especiais e quais estão comprometidas e precisam ser arrancadas, se apresentarem riscos à população”.

Na cidade de São Paulo, de acordo com o CCOI, as regiões mais problemáticas, que juntas correspondem a 62% das quedas registradas nos últimos dois anos, são Lapa, Butantã, Ipiranga, Mooca, Pinheiros, Santo Amaro, Sé, Vila Mariana e Vila Prudente.

http://ciclovivo.com.br/noticia/falta-de-cuidados-preventivos-e-principal-causa-de-quedas-de-arvores/

Rita Elisa Seda
Ambientalista, ecologista.
 

JARDINS VERTICAIS

México transforma colunas de viadutos em jardins verticais

A ideia é muito simples e não ocasionou nenhuma mudança estrutural nas vias já existentes.

18 de julho de 2016 • Atualizado às 10 : 23
 
México transforma colunas de viadutos em jardins verticais As paredes possuem um sistema automatizado de rega, que é controlado remotamente por GPS. | Foto: Divulgação
                        

A Cidade do México inaugurou recentemente uma intervenção urbana enorme. São 60 mil metros quadrados de jardins espalhados sob um viaduto que corta 27 quilômetros da cidade. As pilastras deixaram o cinza do concreto para trás e ganharam diferentes tons de verde.
O projeto é financiado por investimento privado e desenvolvido pela empresa VerdeVertical, especializada em transformar paredes e fachadas em jardins gigantes. De acordo com a apresentação do projeto, a inclusão das plantas em ambiente urbana ajudará a filtrar mais de 27 mil toneladas de gases e processará dez toneladas de metais pesados.

Imagem: Divulgação
Imagem: Divulgação


A ideia é muito simples e não ocasionou nenhuma mudança estrutural nas vias já existentes. A instalação conta com armaduras metálicas cheias de anéis colocadas em volta da pilastra. Após fixada, a estrutura recebe painéis pré-fabricados, que incluem um substrato têxtil hidropônico, sobre o qual é colocado o material vegetal e também os espaços publicitários.
As paredes possuem um sistema automatizado de rega, que é controlado remotamente por GPS. A água usada no abastecimento é reaproveitada, sendo colhida da chuva e as espécies usadas são altamente resistentes e adequadas às condições do seu entorno.
Todo o projeto é mantido por investimento privado e ainda proporciona o uso de espaços publicitários em meio aos cultivos, como forma de atrair anunciantes e gerar verbas extras.

Versão brasileira
O Brasil também tem projetos que trazem a natureza de volta às grandes cidades. Um dos exemplos é o projeto que pretende espalhar plantar nativas ao longo do Minhocão. O elevado, que corta a cidade de São Paulo e há anos é uma das obras mais polêmicas do município, pode ganhar mais vida através de uma estratégia muito simples: cultivo de trepadeiras.


Imagem: Divulgação
Imagem: Divulgação
 
Segundo Nik Sabey, um dos criadores do projeto, a ideia é colorir e dar mais vida ao minhocão. “Seja como for, ele precisa ser verde”, comenta o publicitário e ambientalista. De acordo com ele, não é necessário muito mais do que mudas de plantas conhecidas como “trepadeiras”, árvores e alguns fios de aço.
 

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

A ÁRVORE DA MORTE

A 'árvore da morte', a mais perigosa do mundo segundo o livro dos recordes

   
Árvore com alertaImage copyright Gary Price / Flicker via freeforcommercialuse.org
Image caption Placa alerta sobre perigo: "É uma das árvores mais perigosas do mundo".


Dizem que, quando os conquistadores chegaram, vários deles se intoxicaram ao comer seus frutos.
Falam que os indígenas usavam a árvore para tortura, amarrando pessoas a seu tronco e deixando-as ali para que sofressem quando chegasse a chuva.
 
Contam que, além disso, os nativos envenenavam suas flechas com sua seiva.
E que até que foi o motivo da morte do espanhol Juan Ponce de León, o primeiro governador de Porto Rico, que recebeu uma flechada em uma batalha quando tentou conquistar a costa da Florida, em 1521.
É difícil comprovar que esses fatos realmente tenham acontecido, mas o que se diz das propriedades científicas da "árvore da morte" já foi provado.
Pintura romântica de autor desconhecidoImage copyright CREATIVE COMMONS
Image caption Ponce de León, na terra que batizou de La Florida e que quis conquistar.
A temida planta cresce em paisagens idílicas e pode alcançar grandes alturas.
Seus galhos às vezes repousam sobre a areia e te convidam a descansar sobre sob sua sombra ou se proteger da chuva ou do sol.

Seus frutos, muitos parecidos com maçãs, são cheirosos, doces e saborosos.

Mas ela tem a duvidosa honra de estar registrada no livro dos recordes, o Guiness Book, como a árvore mais perigosa do mundo.
 
Alerta: todas as partes da mancenilheira são extremamente venenosas e a interação ou ingestão de qualquer parte desta árvore pode ser letal"
 
Instituto de Ciências de Alimentos e Agricultura da Flórida.
naturgucker.de / enjoynature.net

Como seu nome diz

Hippomane mancinella. Esse é seu nome científico.
Segundo o Instituto de Ciências de Alimentos e Agricultura da Flórida, nos Estados Unidos, Hippomane vem das palavras gregas hippo, que significa "cavalo", e mane, que deriva de "mania" ou "loucura".

O filósofo grego Teofrasto (371a.C.-287a.C.) nomeou assim uma planta nativa da Grécia após descobrir que os cavalos ficavam loucos ao comê-la. E o pai da taxonomia moderna, o sueco Carl Linneo, deu o mesmo nome à nociva árvore da América.

Mais precisamente, a que é nativa da América Central e das ilhas do Caribe e cresce da costa da Flórida até a Colômbia - em alguns lugares, sua presença é alertada por cruzes vermelhas e placas.
Hippomane mancinella
Image copyright Thinkstock                            
Árvore da morte
Esse é um dos seus nomes conhecidos, usado por quem convive com ela. Também é conhecida como Macieira da Areia ou Macieira da praia - mas árvore da morte é o apelido que melhor descreve a realidade. 
 
Sua seiva leitosa contém forbol, um componente químico perigoso. Só de encostar na árvore, sua pele pode ficar horrivelmente queimada.

Refugiar-se debaixo dos seus galhos durante uma chuva tropical também pode ser desastroso, porque até a seiva diluída pode causar uma erupção cutânea grave.
Hippomane mancinellaImage copyright Reinaldo Aguilar / Flicker via freeforcommercialus
Image caption Sombra da árvore pode te convidar para um descanso, mas ficar embaixo dela é perigoso
Queimar essas árvores também é uma má ideia. A fumaça pode cegar temporariamente e causar sérios problemas respiratórios.
Mas, apesar dos efeitos desagradáveis, o contato da pele com esta árvore não é fatal. A ameaça real vem de sua pequena fruta redonda.

Comer este fruto, que parece uma pequena maçã, pode causar vômitos e diarreia tão severos que desidratam o corpo até um ponto em que não há mais cura.

Tanto assim?

A radiologista britânica Nicola Strickland experimentou estes efeitos em 1999 ao passar férias com uma amiga na ilha caribenha de Tobago.

Como boa cientista, ela descreveu o que acontece ao British Medical Journal, para que outros cientistas soubessem o tamanho desta ameaça.

Ela começa contando como, em uma manhã, "encontramos uma dessas idílicas praias desertas... areia branca, palmeiras balançando, o mar turquesa."

Então, viu as frutas verdes que "aparentemente haviam caído de uma árvore grande". "Mordi a fruta e achei agradavelmente doce. Minha amiga fez o mesmo. Um pouco mais tarde, notamos um gosto estranho e picante na boca, que virou ardência e dor, com uma pressão na garganta."
"Os sintomas pioraram nas duas horas seguintes até que não conseguíamos mais comer alimentos sólidos, pois a dor era insuportável. A sensação era de ter um grande nó obstruindo a garganta."

Por sorte, oito horas mais tarde os sintomas orais começaram a melhorar, mas os gânglios linfáticos ficaram muito sensíveis.

"Nossa experiência provocou um genuíno terror e incredulidade entre os locais. Tal é a reputação do veneno da fruta", diz.

"Uma só mata 20 pessoas"

Histórias do tipo não são novas, é claro.
John Esquemeling, autor de um dos mais importantes livros de consulta sobre pirataria no século 17, "Os corsários da América" (1678), escreveu sobre sua experiência com a árvore "chamada mancenilheira , a árvora da maçã anã", quando esteve na ilha La Española, compartilhada entre o Haiti e a República Dominicana e conhecida por ter abrigado o primeiro assentamento europeu na América no fim do século 15.
Hippomane mancinellaImage copyright Thinkstock
Image caption O fruto parece uma maçã, mas é muito perigoso
"Um dia, quando estava extremamente atormentado pelos mosquitos e ainda ignorante sobre a natureza desta árvore, cortei um galho para me abanar. Meu rosto inchou e se encheu de bolhas, como se estivesse queimado, e fiquei cego por três dias."
Nicholas Cresswell, cujo diário sobre seus dias nas colônias britânicas na América ficou para história, escreveu sobre a sexta-feira de 16 de setembro de 1774:

"A fruta da mancenilheira tem o aroma e a aparência de uma maçã inglesa, mas é pequena, cresce em árvores grandes, geralmente ao longo da costa. Estão repletas de veneno. Me disseram que uma só é suficiente para matar 20 pessoas."

"A natureza do veneno é tão maligna que uma só gota de chuva ou orvalho que caia da árvore na sua pele imediatamente causará uma bolha. Nem a fruta nem a madeira podem ser usadas, até onde eu sei."

Perigosa, mas útil

Surpreendentemente, talvez, a árvore tem seus usos, segundo o Instituto de Ciências da Agricultura e Alimentos da Flórida.
Hippomane mancinellaImage copyright J.B. RAPKINS/SCIENCE PHOTO LIBRARY
Image caption A árvore é imponente, mas talvez seja perigosa para quem frequenta a casa
A mancenilheira da praia é usada para fazer móveis desde a época colonial. Acredita-se que sua seiva venenosa se neutraliza quando seca ao sol. Mas manipular a madeira recém-cortada requer muito cuidado.
Os nativos cobriam suas flechas com o veneno quando iram caçar.
E há documentos que mostram que a borracha da casca já foi usada para tratar doenças venéreas e retenção de líquidos na Jamaica, e as frutas secas foram usadas como diuréticos.

http://www.bbc.com/portuguese/curiosidades-36570684