Somos bombardeados com uma enorme gama de informações e só algumas conseguimos reter e poucas resolver. A fadiga da informação é a doença do século. Por isso peneiro minhas leituras e norteio minhas decisões para o que realmente precisa ser solucionado.
Mas há algumas questões que me intrigam. Todos sabemos dos testes nucleares, dos dissabores entre as religiões e os terrorismos no Oriente Médio. A guerra fria acabou, a ditadura está dormindo (de vez em quando acorda) e o tratado de paz permanece (de vez em quando dorme). Fico pensando em Jean Henri Dunant, esse maravilhoso pacifista criador da Cruz Vermelha. Em viagem à Roma viu a Batalha de Solferino e dali tomou outro rumo – foi salvar vidas! Isso em 1859. Imagine o que ele faria hoje com toda tecnologia que temos... Sei que às vezes é preciso estar diante da fervura para tomar conhecimento dela. Dunant ganhou o prêmio Nobel da Paz. E, Alfred Nobel, por ter criado a dinamite, deixou sua fortuna para recompensar os pacifistas da humanidade, mas alguns como Dunant não ficaram com o dinheiro, sua ideologia de paz foi germinada em consciência tranqüila, algo que não tem preço... morreu pobre e feliz.
A paz depende de cada um de nós! Hoje mais do que nunca. Não é perda de tempo reunir pessoas e filosofar sobre os caminhos da humanidade. Os momentos ‘perdidos’ são os mais bem empregados. Newton perdia seu tempo embaixo da macieira, Galileu perdia o tempo olhando os navios na linha do horizonte, Santos Dumont perdia o tempo fabricando e empinando pipas, Beethoven perdia o tempo regendo o vento no bosque, ao cair das folhas. Perder o tempo em conversas rende bons resultados.
Se sozinhos podemos pensar em tanta coisa boa, juntos planejaremos um desfecho pacifista para o mundo globalizado. A enorme teia mundial será para agregar e não para destruir. Façamos nossa parte.
Rita Elisa Seda
Cronista, poeta, biógrafa, fotógrafa e jornalista.
Crônica publicada no Jornal Valeparaibano em 2007
Rita Elisa,
ResponderExcluirA cada dia, aumenta em nossa sociedade a Violência, em suas mais variadas formas. Violência contra a criança, contra o idoso, contra a mulher, contra os menos favorecidos na sociedade,enfim ... Violência e mais violência. Nunca houve tanto contraste, tanta exclusão social e tanta pluralidade de ideias. Mas por que tanta violência? Por que com tantos conhecimentos e com tantos recursos tecnológicos, a sociedade sofre com esta tensão constante onde cada um se sente ameaçado. Seja em casa, nas ruas, no trabalho... Ameaça sobre ameaça. Vivemos o tempo todo sendo ameaçados, e muitas vezes, acabamos ameaçando também. O homem se sentindo auto-suficiente se esquece de Deus. E a falta de Deus também gera violência.
Diante desta situação vem à seguinte questão: “como podemos buscar a Paz e harmonia individual e coletiva? A história da humanidade é uma historia de lutas, de guerras. Temos uma cultura de violência herdada de nossos antepassados.
Mas a história da humanidade também é a história de homens e mulheres que mostraram e que mostram através de uma vivência pessoal como é possível desenvolver uma Cultura de Paz. Eles mostraram e mostram; vivenciaram e vivenciam: a solidariedade, o amor, o despojamento, a humildade... SÃO OS PACIFISTAS. Muitos dizem que eles foram e são seres especiais, porque ousaram e ousam propor e sonhar com um mundo de paz, sem violência. Eles nos mostraram e mostram caminhos, e modos de vida que podem nos levar a esta Cultura de Paz.
Entre os grandes pacifistas, podemos destacar: Francisco de Assis, Madre Tereza de Calcutá, Jesus Cristo, Eu, Você, entre muitos. A paz, como você disse Rita Elisa, depende de cada um de nós. Hoje, nós também podemos ser pacifistas. Como? De que forma? Buscando, entendendo e mais que isso, vivenciando os ensinamentos do Cristo, por exemplo; os dez mandamentos. É difícil? Sim, mas não impossível. Vivenciando o que São Francisco pregava. Ahhhhhhhh... falando em São Francisco de Asis senti vontade de rezar...
Na oração de São Francisco, está um grande desafio, uma grande proposta para a humanidade em busca de paz individual e coletiva... Vamos rezar com São Francisco de Assis???
Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor,
Onde houver ofensa , que eu leve o perdão,
Onde houver discórdia, que eu leve a união,
Onde houver dúvida, que eu leve a fé,
Onde houver erro, que eu leve a verdade,
Onde houver desespero, que eu leve a esperança,
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria,
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais
consolar que ser consolado;
compreender que ser compreendido,
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe
é perdoando que se é perdoado
e é morrendo que se nasce para a vida eterna...
Beijos, forte e carinhoso abraço!!!
Silvinha
Silvinha querida... o que depende de nós precisamos e devemos fazer, o que não temos como resolver deixamos nas mãos de Deus. Só que existem pessoas que deixam TUDO nas mãos de Deus, ficam sentadas à beira do caminho orando, orando, sem atuar. Ás vezes a oração está na ação! Essa oração instituída a São Francisco é belíssima, nos mostra o poder do amor, e amor... gera amor! Hoje há pessoas como São Francisco, não aparecem, são discretos, mas as pessoas ficam sabendo deles e os procuram. Procure na Internet o frei Hugolino, ele é de Santa Catarina. Dalai Lama também é inteiro em Paz! Tente pontuar em um caderno 10 pessoas que você conhece e que são realmente pessoas de PAZ. Depois me diga como ficou. Eu faço esse exercício todo começo de ano. Mas tem de ser pessoas como Madre Tereza de Calcutá. A minha lista está obsoleta, morreram dois, tenho de ocupar esses lugares com os que conheço e até agora... só encontrei um!
ResponderExcluirBeijos, felicidades e a paz!